Life goes easy. No sadness, then.

Seria tão bom se pudéssemos nos relacionar, se pudéssemos ter um contato mais freqüente de modo que eu não ficasse com essa expectativa de você, com essa fixação de querer estar completando o que lhe falta. E de repente, começamos a criar laços onde jamais imaginávamos que criaríamos, coisas que simplesmente não tínhamos qualquer plano se quer sobre projetar algum sonho, alguma vontade. E de repente, você surge. Assim como o sol, nascendo e aquecendo tudo que toca, trazendo vida a tudo o que por ele passa, e você faz com que as coisas se tornem nem melhores, nem piores, mas apenas diferentes. Como deve ser. E torna-se uma pessoa importante, completando os espaços vagos que o meu dia-a-dia proporciona, enchendo tudo aquilo que está vazio. E eu descubro que não há distancia que separa o que realmente sentimos, não há fronteiras que mantenham os pensamentos longes e mesmo se existisse, teríamos um belo motivo para ultrapassá-la porque cada palavra trocada, e cada olhar que se

          O que aconteceu conosco? Logo nós que eramos tão próximos. Logo nós que enfrentávamos qualquer conflito, qualquer luta. O que aconteceu conosco?     Como chegamos tão longe, afinal? Somos tão diferentes como você costuma dizer, somos tão opostos, tão água e óleo. Mas essa diferença sempre completava o que faltava entre nós. Eramos como Batman e Robin, como Bob esponja e Patrick, você lembra? Sempre preenchíamos o vazio dentro de nós com a simples presença um do outro e então, as nossas diferenças completavam um ao outro de um modo sútil, simplório. Eramos um só. E quando você sorria das minhas idiotices? E quando eu ria do seu sorriso? E quando você agia com todo aquele medo quando eu entrava na frente de um carro? Ou quando eu te mordia e você me batia ou então me mordia em resposta. Você lembra?     O que aconteceu conosco? Hoje tudo é diferente, hoje "nós" tornou-se eu e você, mas agora separados, distantes. E os seus medos, por que eles te sufocam? 

Você deu a entender que tinha me perdoado, Mas fica pensando no passado. Eu nunca neguei que estive errado. Mas ninguém erra sem motivos e você sabe o porquê. Então me perdoe ou me deixe ir. Mas não fique usando coisas do passado pra me oprimir. Certamente ele deve ser lembrado, para nos corrigir. Mas não com tanta frequência não com tanta insistência. E se não consegue vencer sua magoa de mim. então deixe me ir. O que eu não posso é viver pra sempre assim. Me deixe ir ou me chame pra conversar. Ninguém suporta tamanha pressão. Eu sinto que o seu coração esta querendo se vingar. No silencio da noite você do nada desperta. E fala pra mim que tomou a decisão errada. Eu não imaginei que um dia teria que te dizer isso. Mas eu nunca te obriguei e não te obrigo a nada. Então me perdoe ou me deixe ir. Mas não estraga sua vida guardando tanto rancor de mim. E se for o destino, nós nos encontraremos novamente. Pra fazermos desta vez, tudo diferente. Nada a

               (…) E então nos abraçamos e então ficamos ali sentados, esperávamos por algo, não sabíamos o que era.. Apenas esperávamos. E ali sentados, abraçados, pude sentir suas lágrimas caírem sobre meus ombros, uma a uma, como se sentisse a emoção que ela sentia naquele momento. Ela me apertava em seus braços, como se fosse a última vez que fossemos estar juntos, como se não quisesse que eu partisse. E de fato eu não partiria. Em resposta, eu a abraçava com força, com medo de que pudesse ser mesmo um último abraço, mas sobretudo, feliz por ter tido esse pequeno momento onde eu pude segurar meu mundo, em meus braços. Suas lágrimas pareciam não cessar, e eu não conseguia pensar em mais nada se não nela. E então, fechei os olhos, estava eufórico pelo momento, calado. Ao  mesmo tempo, milhões de pensamentos vinham à minha cabeça, ao mesmo tempo, todos sumiam repentinamente.         Ainda com os olhos fechados, abraçados, como se todo o amor que sentíamos u

                                                                 Hey dear!       Como é Nova York? Dizem que é realmente magnífica. Essa época do ano neva por aí, não é mesmo? Sempre tive vontade de conhecer Times Square, o Central Park, o Brooklyn, enfim.       Como tem passado? Desde que você se foi, não tivemos mais contato, desde a nossa despedida, eu não encontro algum amigo seu ou até mesmo algum familiar. Deve ser porque eu tenho estado ocupado, consegui um emprego, sabia?! E ah, comecei a faculdade, como eu havia lhe dito. Ultimamente eu tenho me ocupado, evitando pensar na sua partida. Enfim, lembra daquela família que morava no outro lado da rua e que morríamos de medo? Eles se mudaram na semana passada, me senti aliviado assim que partiram. E o bob, você lembra? Quando você se foi, ele ainda era um filhotinho, uma gracinha. Hoje ele esta lindo, um cachorro lindo mesmo. Faz algum tempo que eu queria lhe escrever, mas alguns problemas pertinentes não me deixaram. Ag

            Estranhamos o porquê das coisas acontecerem. A príncipio acontece naturalmente, sem que nada seja feito, sem que nada seja forçado. Foi assim, desta maneira que eu acredito que tenha acontecido conosco. Não sei o motivo, não sei como, só sei que aconteceu.      Eu não planejei, não quis, pelo menos não no começo, mas acabou tornando-se mais forte do que eu poderia acreditar que um dia fosse. E então, me pego estranhamente envolvido numa necessidade frenética de fazer parte disto, de permanecer, e isso tem sido completamente descontrolado, pois me sinto vazio, quando tal fato não mantem-se constante, mesmo que seja uma reação pequena, mesmo que seja simples. A sua felicidade torna-se evidentemente a minha. Ultimamente tenho refletido sobre tais acontecimentos, tais motivos. Motivos estes, que eu não encontro explicações, mas que sobretudo, mantem-me feliz. Eu, diferente de todos, não sou acostumado a ficar pensando tanto em alguém e em tão pouco tempo. Parece-me q

Corre comigo? Corre comigo sempre que precisar. Me deixe correr contigo sempre que eu precisar, me auxílie, me de impulso, me guie, quando eu estiver cego. Eu te guiarei, quando estiver cega. Quando tropeçar, eu estarei pronto pra te ajudar, pronto pra te equilibrar, pronto pra voce. Corre comigo, mesmo quando não der pra correr, mesmo quando estivermos fracos o bastante pra andar. Mesmo se não co nseguir, eu a levarei em minhas costas, nao importa a distancia que for. Mesmo que doa, mesmo que seja impossivel. Mesmo que nao tenha mais estrada pra percorrer, encontraremos caminhos novos, traçaremos rumos desconhecidos, enfrentaremos a escuridão, o caos, o nada de maneira conjunta e com cumplicidade, sempre de mãos dadas, prontos para o que vier. Recorra à minha segurança, ao meu acolhimento, recorra ao que nos mantem juntos, recorra às nossas lembranças que tampouco nos abandona nesta jornada. Corre comigo, e se um dia voce cair, eu vou estar pronto pra te segurar.

     Tranqüilize-se, estou aqui. Fique calma, pois hoje é o começo dos vários dias que ainda estão por vir. Ainda podemos sentir o gosto de um começo, de um novo jogo.      O que chamam de amor, eu brindo. O que chamam de carinho, eu brindo. Brindo também, todo momentos de felicidade decorrentes das nossas vontades, decorrentes de nossa alegria mútua, já que hoje, somos um. O que chamam de vida, eu brindo. Pois pude encontrar um motivo para estar vivo. Vida todos tem independente da vontade de querer mantê-la. Querer viver por algo, poucos tem esse dom. Eu como nenhum outro, sei que a sanidade habita em cada pedaço do meu ser e faz-me alegre de modo que não tenho tempo para perder com tristeza.      Esqueça as tristezas, segure os choros. Bons tempos estão por vir. O dia em que seremos um, está próximo. Abandone tudo que lhe faz mal. Abandone tudo o que lhe é desnecessário e fútil, pois forte não é aquele que supera momentos ruins, mas sim aquele que os previne. É inexplicável para

Costumo ser imutável. As situações as quais eu enfrento de forma alguma me abalam. Não. Costumo agir com frieza, tendo a razão como aliada, pois não sou comum a sentimentos recorrentes do êxtase do momento. Eu penso em mil coisas, quando não penso em nada. Eu sinto vontade de fazer mil coisas, mas no fim, não faço nada. Eu sou simples, mesmo quando sou complexo. O universo é complexo, mas ainda é simples. Depende dos olhos que o vê. Às vezes me cansa ter que lidar com esse dogma a vida toda, o tempo todo. Canso-me de ter que enfrentar os problemas da vida continuamente sem nem mesmo ter uma pausa. A vida nos torna escravos de nós mesmos, consumindo-nos de uma forma totalmente irracional, e contraditória. A vida é cruel. Sim, e muito. O que ameniza nossa passagem por ela, é a vontade cética de ir em busca de algo que, quase sempre, é material. Algo físico e egoísta. Não que eu seja contrario a essa situação, quem não quer ter uma boa casa, um bom carro, um status agradável perante a

              Mas que talento tinha para a crueldade. Usava toda a sua audácia para persuadir curiosos atos daquelas pessoas comuns. Premeditava todos os detalhes com uma precisão absurda. Sabia exatamente o que fazia, aguardando o momento certo para manipular sua sublime lâmina.   Mantinha sua vítima em pleno estado de transe, perplexo e assustado pelo medo. E choque. Amedrontado, olhava em sua volta, tentando desesperadamente descobrir o porquê daquilo estar acontecendo.              Com toda calma,   delicadamente pôs a faca em cima de um pequeno cômodo de cor marfim já envelhecido, tanto pelo tempo quanto pelo mofo do local. Pegou um disco antigo onde dizia "Sinfonias", tirou-o da capa, contemplando com delicadeza a beleza daquele disco. Colocou-o na caixa da vitrola, pousou pick-up sobre o disco, e segundos depois começou a soar no ar "Winter", uma sinfonia de Vivaldi,   e então deu continuidade àquela situação. Tomando a faca com sua mão esquerda, ficou a fre