E então.
(…) E então nos abraçamos e então ficamos ali sentados, esperávamos por
algo, não sabíamos o que era.. Apenas esperávamos. E ali sentados,
abraçados, pude sentir suas lágrimas caírem sobre meus ombros, uma a
uma, como se sentisse a emoção que ela sentia naquele momento. Ela me
apertava em seus braços, como se fosse a última vez que fossemos estar
juntos, como se não quisesse que eu partisse. E de fato eu não partiria.
Em resposta, eu a abraçava com força, com medo de que pudesse ser mesmo
um último abraço, mas sobretudo, feliz por ter tido esse pequeno
momento onde eu pude segurar meu mundo, em meus braços. Suas lágrimas
pareciam não cessar, e eu não conseguia pensar em mais nada se não nela.
E então, fechei os olhos, estava eufórico pelo momento, calado. Ao
mesmo tempo, milhões de pensamentos vinham à minha cabeça, ao mesmo
tempo, todos sumiam repentinamente.
Ainda com os olhos fechados,
abraçados, como se todo o amor que sentíamos um pelo outro estivesse
conectados, fluindo em nosso corpo como se fossemos um só. Foi então que
lentamente comecei a sussurrar em seu ouvido: " Veja o céu, tão lindo,
tão simples, tão imenso. Você o observa e reflete sobre as coisas da
vida, você o observa e não consegue pensar em mais nada que não seja a
pessoa que ama. É assim que eu vejo o nosso amor, como o céu. Você o
observa e não consegue enxergar um fim, você nem mesmo faz idéia da
imensidão que o mesmo possui. Como o céu que por mais que você tente,
por mais que seja impossível, você tenta e tenta sem resultado poder
encontrar os limites desse céu. Você não imagina o tamanho que ele possa
ter, você não consegue ver o seu começo e tampouco conseguirá ver o seu
fim. Esse é o nosso amor, que por mais que tentamos enxergar, nunca
conseguiremos ver a imensidão que ele tem, dentro de nós". Houve uma
pausa... Só isso, mais nada..
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