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Mostrando postagens de 2013

Permita-se.

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      Ela via a vida de uma outra forma. Mais colorida, mais alegre. Ela não se entregava pela metade, dava-se por inteira. Era amiga por inteiro, amava por inteiro. Não havia meio termos para ela. Ela era completa. E para sempre seria.      Tinha todo o amor do mundo dentro do seu coração, pronta para amar sem pensar duas vezes. Ah, como era linda! Todas as manhãs acordava com uma disposição para viver como ninguém. Apaixonou-se por si mesma. Arrumava os cabelos com tamanha tranquilidade, passava horas e horas no espelho olhando para si mesma, não porque era mesquinha ou arrogante, mas porque estava sempre feliz. E era demasiadamente feliz. Era culta, lia bons livros sempre que tinha tempo para eles. Curiosamente, era vista acompanhada de um bom livro e um sorriso contagiante. Ela percebeu que não precisava de alguém para ser feliz, pois a felicidade já habitava nela há muito tempo. Percebeu que as coisas mais simples da vida são capazes de fazê-la se sentir viva

Um fim. Um começo.

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           Logo agora que eu estava tão acostumado com a sua presença. Durante anos tínhamos nos encontrado todos os dias, tínhamos estado juntos todas as noites também. Com vontade, sem vontade. Com amor, com raiva, com saudade, sem saudade, com briga, sem briga. Enfim, tentei lhe dizer muitas coisas, tentei lhe mostrar muitas coisas, mas acabei descobrindo que amar é muito mais sentir do que dizer, é mais viver do que fantasiar. E todas as frases bonitas que lhe disse, do que servem agora? Eu nunca tinha percebido como essa cama é enorme sem você nela! E como é fria, não é? Na hora de dormir, apago a luz e me perco no vazio do quarto, nesse escuro que é. Nessa vida, aprendi a lidar com tanta coisa: Com a falta de dinheiro, com a falta de trabalho, com a falta de comida. Mas não aprendi a lidar com a saudade. Ela sabe onde atingir. Dói, mas é aquela dor que a gente sente calado, que consome todo nosso tempo, e sufoca. Hoje, se pronunciam o seu nome perto de mim, meu corpo

Porque a vida segue.

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      De re pente, a vida segue. De repente a gente muda, mas muda mesmo sabe? De repente demora, mas a gente aprende sabe? A vida tem uns caminhos estranhos. Uns fáceis demais. Já outros, difíceis demais. Caminhos  tortuosos, caminhos retos, caminhos abertos, caminhos estreitos, caminhos fechados. Mas há sempre um caminho a seguir. Um café quente e um bom livro, por favor. Está frio, aqui é frio. Onde, porém, é quente? No amor, há calor? Coisa de gente confusa essa coisa de gostar. A gente gosta, se apega, se nega, aceita. A gente ama, deseja, vive, fraqueja, sofre, almeja. Que coisa louca, não é? Esse tal se apaixonar é muito complexo. Tem um ''quê'' de quero mais, tem um gostinho doce que fraqueja o estômago e adocica a alma. Tem um friozinho na barriga e uma garganta seca. Tem as palavras que se perdem e tem os olhos que brilham. Tem tudo, mas também não tem nada. Às vezes dura um segundo, mas às vezes tem uma eternidade. Querer e não falar, não poder ma

Palavras pequenas, palavras...

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     Não sinta falta das pessoas as quais nunca sentirão a sua. Sinta falta das pessoas que não conseguem ficar longe de você.  Não sinta falta das pessoas que te deixam de lado. Sinta falta das pessoas que a colocam em primeiro lugar. Não sinta falta de quem se esquece de você. Sinta falta das pessoas que pensam em você constantemente. Não sinta falta de quem não lhe dá valor. Sinta falta das pessoas que fazem você se sentir especial. Não sinta falta das pessoas que te magoam machucando seu coração com palavras ou gestos que aprofundam ainda mais a dor. Sinta falta das pessoas que fazem seu coração bater mais forte, e que arrancam sorrisos em momentos inusitados, inerentes ao bem-estar. Torna-se irrefutável a ideia de tentarmos ser felizes, pois felicidade é algo que estamos sempre em busca. E por tentar encontrá-la, a satisfação da busca, por parte, nos completa. E que assim possamos sentir falta de tudo aquilo que nos pertence, de tudo aquilo que molda quem somos, e que nos fa

Eu lhes apresento: O medo.

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              Sentia-se como um anjo caído. Sentiu aquela raiva tomar conta do seu ser, sentia no fundo da sua alma. Invadia o fluxo do seu sangue, impetrando-se no mais profundo dos seus ossos, contendo-se para não explodir em meio àquela multidão. Era uma tarde cinza. Fria. Como se tudo colaborasse para o seu sofrimento. O céu estava escuro, sentia um abismo abaixo de seus pés. A melancolia tomava conta do ambiente, como uma doença que se alastra e devasta tudo a sua volta. Por que isso acontecera a ele? Por que o mundo parecia estar contra aquele pobre homem? À medida que sua cabeça enchia-se de perguntas, seu ódio tomava proporções devastadora ao seu espírito. Tomado pela raiva, sentindo-se um estranho indesejado naquele mundo de homens corrompidos, deu início a uma série de eventos malignos. "E que Deus me perdoe." dizia a si mesmo. Sua alma já não poderia ser bondosa, não poderia ser justo num mundo em que ele julgava ser injusto.        Naquela mesma tarde,

Não se preocupe.

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Eu só queria poder te abraçar, e poder te dizer não somente aquilo que você precisa ouvir, mas também tudo aquilo que eu realmente queria que soubesse.   Eu só queria poder estar presente quando ninguém mais puder, quando precisar, quando não tiver com quem contar. Eu só queria poder brigar, brincar, chorar, gargalhar, falar, falar e falar com você por perto. Com você.   Eu só queria ter em quem confiar, eu só queria poder contar, tudo aquilo que as pessoas costumam desabafar, quando não se sentem mais seguro sobre coisas da vida.   Eu só queria poder proteger, poder cuidar, poder me arriscar, pra poder manter você feliz. Como se nada pudesse, de algum modo, te atingir. E só queria poder enxugar as suas lágrimas, quando o seu mundo não estivesse bom o suficiente para você. Eu só queria dar um passo a frente do seu, para poder descobrir os perigos   e as mágoas da vida, antes que você pudesse senti-los.   Eu só queria ser os que ficam por perto de ti sempre que não po

Keep moving.

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      Por que chama de amor quando chora mais que sorri?      A ilusão a qual gostamos carinhosamente de chamar de amor, nos faz sentir, refletir, pensar em milhões de sensações possíveis. Faz-nos ficar e permanecer em momentos agradáveis, sentir-se outra pessoa, ainda que sejamos a mesma. Porem, ante a essa ilusão, tem-se um velho ditado: “A arma que você ataca hoje, é a mesma que te ataca um dia”. E o resultado desse velho ditado, chamamos de alusão.      O amor consiste em momentos felizes, sorrisos bobos, sinceridade, companheirismo, intimidade, união, sobretudo, amizade. Pequenos detalhes estes que são demasiadamente importantes para a construção dessa felicidade, dessa reciprocidade de momentos felizes e amorosos. Ademais, diga-se de passagem: Não existe felicidade, mas sim momentos felizes. E isso basta, por hora. Porém, o ser humano nunca está completamente satisfeito, não é mesmo? Relacionamentos são simples, pessoas são complicadas! Por mais que você possa ser

Aguarde.

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     – “Pelo que você viveria?” – Ele perguntou a ela.      – “Por mim, pela minha família, por todos aqueles que amo” – Ela respondeu.      Dito aquilo, ele a olhou, como se aquele momento fosse o último que poderiam ter pelo resto de suas vidas. E algo dizia que sim. Ela o fitou em retorno, e nos olhos dele, pôde ver a tristeza que tomava conta daquele momento.      – “O que houve? ’’ – Ela perguntou, olhando pra ele com ar de surpresa.      – “Você realmente me conhece, não é mesmo?” Desabafou. – “Sabe pelo que eu viveria?“          Disse ele com toda sinceridade que conseguiu demonstrar.      – “Por mim?” Ela falou baixinho, enquanto sorria para tentar quebrar o gelo que estava tomando conta. – “Me diz, estou ficando preocupada”.      Ele sorriu, e ainda olhando em seus olhos, como se estivessem conectados de alguma forma, colocou sua mão delicadamente em seu rosto, carinhosamente acariciando-a. – “Estou de partida.” Aquelas palavras ecoaram por todo o

Era uma vez.

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E foi só o começo. Eu tinha a certeza de que esse dia chegaria, enfim. Foi completamente diferente do que eu poderia tê-lo imaginado, mesmo que de diversas formas diferentes. Ela estava linda, conversando com seus amigos, se distraindo e sorrindo, e tirando a minha atenção da realidade. Embora eu quisesse que tivéssemos um momento, algo em mim dizia que aquele não era o momento, não por hora. Talvez pela timidez da iniciativa, ou pelo receio da negação. Mas ela estava linda, e naquela noite sem lua, ela era a minha atenção, era o motivo de aquela noite ter sido, de algum modo, especial. E mesmo que, entre todas as metamorfoses da Lua pudesse haver uma Lua linda, brilhante e cheia, que pudesse nos iluminar e clarear aquela noite fria, eu ainda assim não poderia parar de olhar para aqueles olhos. O castanho intenso daqueles olhos puxados era realmente envolvente, como se não pudesse existir outra coisa mais linda. E não existia, não naquela noite. Cada minuto que passa

Endless love.

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                                                            Que sentimento é esse?           Que sentimento é esse? E que vontade é essa de gritar tao alto, a ponto de fazer com que o mundo te escute? Que anseio é esse que toma conta de cada pedacinho do seu corpo, e cada milimetro da nossa alma? Que medo é esse que invade o meu ser e toma conta durante cada segundo entre os noventa minutos de uma partida, nao importante se ela seja uma final ou um simples amistoso? E que coragem é essa q ue nos faz cantar, gritar, empurrar, chorar, motivar, sorrir durante todo o tempo, onde nem mesmo o cansaço pode nos parar, nem mesmo a falta de ar nos impediria de gritar até o pulmão explodir, cantar não só um hino, não só um grito de guerra, mas cantar toda a vontade que o coração guarda, toda a vontade que não se pode calar, que nunca vai calar? E quanto a essa torcida? Que torcida é essa, una e inalienavel, que não se submete a qualquer mal, não teme nem mesmo a morte, não teme os rivais, n

Uma distância.

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     Uma viagem é sempre cansativa. Como seria se pudéssemos nos tele transportar para onde quer que fosse sem problema algum? Ter de enfrentar horas e horas de estrada, céu ou até mesmo mar, já nos traz um cansaço. Seja para visitar parentes, amigos, a trabalho ou apenas de férias, uma vida nova talvez, torna-se quase sempre que uma viagem, tal qual parece não cessar nunca.      E enquanto viajo, mergulho em pensamentos, uma infinidade deles. Diferentes situações, diferentes sensações, e todas num mesmo momento onde sou forçado a enfrentar essa frenética descarga de imaginação que acaba esgotando minha mente, levando-a ao cansaço rapidamente. Tento dormir, inclinando-me para proporcionar algum conforto, demasiado necessário nessas ocasiões, mas o sono já está distante e a sua vinda já não é certa. Não por hora. E não há distração que possa mantê-lo ocupado, não há tarefas que possam cessar esse momento entorpecente ao qual se está envolvido. A vontade de chegar ao destin

Uma tarde, tarde.

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               O tempo passa e com ele os momentos. Hoje não sei se estou sorrindo mais, não sei o que é ter senso de humor, eu não me sinto como antes simplesmente estou me perdendo, perdendo os sentidos. Sinto-me vazio. Movido apenas pelas lembranças das quais sei que sentirei falta e, falta também do que nunca tive.         Nada me abala, nada me chama atenção, não me importo com o fato de estar me isolando de tudo e todos, apesar estar em ausência como um exilado, sem ideais sem ânimo e acima de tudo.. Sem sentimento. Não imagino como será daqui pra frente nunca pensei em imaginar tal caso, não imaginava como isso poderia acontecer comigo, a solidão enfim veio, com nostalgia e trouxe-me também a saudade, a falta de esperança, a vontade de se preocupar com algo ou alguém e sentir-me importante. Não esperava estar nessa recessão e agora não consigo sair dela, estou preso num mundo onde o criador sou eu mesmo e por mais doloroso que isso s