Vem, dancemos.
Darei a você segurança, em
caso de que não tenha o cinto posto. Não quero que você acabe se arrebentando no
vidro de uma realidade não desejada. Vem, dancemos. Dance comigo essa melodia
que assovio no seu ouvido. Soa bem, não é mesmo?
Você escuta? Soa como um
piano a toques lentos e sigilosos. Ao contrário dos meus desejos, que quer tudo
que seja sobre você. Tudo ou nada é uma aposta muito arriscada, mas para isso
viemos, para arriscarmos nossa melhor jogada. Não é bela a ingenuidade daqueles
que acham que não tem nada a perder? É o romanticismo dando ao mundo um tapa
suave e agressivo ao mesmo tempo. Mas eu só quero você. Eu só quero um beijo. E
logo outro. E o seguinte. Uma sucessão eterna de momentos que só nós dois
podemos admirar. Uma eterna euforia que me desbarata completamente. Flua por
esse momento enquanto nos contemplamos. Lentamente. Agora peço que tire o “L” e
acrescente um “J”. Fuja comigo. Esquivemos dos laços da nossa solidão que
brinca de ser cowboy, a fim de nos manter presos em nós mesmos.
Gosto da sua tranquilidade
ao falar, de como quando não sorri para todo mundo, porque quando sorri para
mim, tudo se transforma em obra de arte. Gosto do seu silêncio, pois é quando
isso fala muito sobre você. Gosto de te observar, quando escuta uma música que
adora, como quem aumenta o volume, porque sei que é aí quando afugenta os seus
pensamentos. Gosto das suas mãos frias, porque sei que não és assim por dentro.
Gosto quando compartilhamos circunstâncias que nos tornam especiais e também frágeis.
Gosto de cada centímetro do teu corpo, quando me segura pela mão e não me larga,
como se fosse me perder para sempre. Gosto do teu tom de voz, ouvir-te sendo
humano, amigo e, sendo também, uma pessoa melhor. E sabe, adoro a sua
humanidade, como quando está vulnerável, falhando, arruinando, tomando más
decisões, pois é quando me apaixono ainda mais pela pessoa que você é, com
falhas e acertos.
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