Nós, um.

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Ei pequena, por que está triste? Eu pergunto...



‘’Estou feliz’’,  ela responde. Eu sei que por de trás desse sorriso lindo, tem tanta lágrima guardada. Eu sei que por de trás desta casca, dessa marra toda, desse disfarce, há uma fragilidade que toma conta e que por muitas vezes, tem de ser camuflada.

Ei pequena, eu te disse o quanto te gosto? O quão importante você é, não somente pra mim, mas pra tantos outros corações? Os meus pensamentos são cheios de você. E esse olhar, eu já te disse que consigo enxergar toda a imensidão da sua alma, e toda a beleza do seu jeito nele? Eu só quero que você possa sorrir tanto quanto eu sorrio quando a tenho por perto, e que você possa sentir um pedaço dessa alegria, pelo seu corpo. Ecoando por cada canto escuro e frio dentro desse coração fechado a sete chaves. E devo dizer: Não adianta trancar seu coração a sete chaves, um dia chega alguém e destranca com um sorriso. E já imaginou como seria se pudéssemos compartilhar cada pedacinho da nossa alegria criando então um sentimento mútuo, único? E que seus sorrisos pudessem sair da minha boca, e que as suas lágrimas pudessem sair dos meus olhos, e que eu pudesse absorver toda a sua dor, toda a sua angústia só para que assim, eu pudesse vê-la sempre com esse rostinho sereno, meigo e risonho?

E que tudo que nos acontecesse de bom, fosse transmitido por pensamento, quem sabe assim um sorriso bobo saísse a cada minuto dos nossos lábios. E então, a sua dor... Seria a minha dor. E o seu sorriso, seria o meu sorriso também. Nos momentos difíceis eu poderia senti-la, eu poderia ouvir todos os gritos que ecoa na sua alma, enquanto você permanece calada. Ei pequena, por que existe a distancia? Para que o ''ver'' e o ''tocar'', não fossem mais importante que o ''sentir''. E que assim toda a ajuda poderia se fazer presente, se fazer real. E como uma constante segurança, nós poderíamos de alguma forma, nesse caos ao qual denominamos ‘’vida’’ proteger um ao outro, confortar um ao outro.  Pela eternidade.

Ei pequena, por que está triste? Temos um ao outro, agora.

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