Sem perspectiva.




Esperei por muito tempo. Tive a impressão de que talvez nunca mais fosse como antes, por mais que eu quisesse, por mais que eu me esforçasse, nada mudaria. Sei que algumas coisas não costumam manter-se em suas rotinas, tendem a mudar a ordem de fluxo. Nada muda, mas tudo se transforma. Tentei esquecer, para que não me martilizasse com a idéia de que pudesse ser do meu jeito, mas quanto mais tentava esquecer, mais fazia-me lembrar, tive então que me conformar, pois o novo sempre vem, esmagando cruelmente o velho. Gosto do passado, gosto do que nao existe. Sim, eu gosto. Esperei por muito momentos de fissura, em princípio tive medo, mas nada com que tive de me preocupar. Procurei motivos para esquecer, procurei coisas as quais pudesse me apegar, procurei refúgio, procurei motivo pra me afastar de tudo. Embora no fundo eu saiba que ainda nao encontrei.

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